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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Tai Chi Chuan, Lian Gong, Chi Kung e a Consciência Corporal

Movimentos harmoniosos e melodias tocantes ajudam a refinar e trazer emoções que normalmente reprimimos ou exaltamos devido a nossa vida atribulada. É muito importante um trabalho corporal para progredir, pelo fato de desenvolver um trabalho psico-físico equilibrado e isso é responsabilidade de cada um, de cada pessoa.

Sendo as artes milenares uma meditação em movimento, nossa consciência não se cria por si mesma, tem que ter alimentação constante, e ao praticarmos corretamente, gera sensações, traz o sentido de grupo, as relações com o Universo, a natureza a nossa volta,, nos torna mais intensos, nos trazem de volta a vida.

Através do movimento no contexto do tempo e espaço, a pessoa adquiri consciência do que acontece com seu próprio corpo.Com isso o praticante tem condições de transformar a energia desgastada em energia positiva, criadora, realizar um ato psicossomático integrado.

O mundo gira e a estrela roda, e constrói um ciclo, e que tudo muda o tempo todo. Água se transforma em madeira, madeira se transforma em fogo, fogo se transforma em terra, terra se transforma em metal, metal se transforma em água. O movimento nasce, cresce, atinge o alto, desce, morre, renasce e tudo se transforma em Yin e Yang.

Excesso de energia, deficiência de energia? Nenhum dos dois será interessante. Excesso entope, deficiência esvazia, energia vital fluindo é que faz a estrela brilhar. Mas o que é energia vital?Para os chineses Qi, para o japonês é Ki, para os hindus Prana; algo que diferencia da vida e da morte.Viver é ter Qi em todas as partes do corpo, morrer é perder o Qi.O conceito de Qi harmonioso engloba todos os contrastes, e este equilíbrio interno, completado pelo equilíbrio externo, gera uma vitalidade positiva.

São três as origens do Qi : a primeira vem dos pais, no momento da concepção; vai sendo gasta aos poucos e não se renova; a segunda vem do alimento e a terceira do ar; estas são gastas o tempo todo e se renovam quando nos alimentamos e respiramos corretamente.

O homem não é um aspecto isolado. Faz parte integrante do todo. Um microcosmo no macrocosmo. Nada é separado. O homem vive na natureza e tem estreita relação com ela. Algumas alterações na natureza, como mudanças climáticas, geográficas e outras, afetam diretamente a fisiologia humana no desenvolvimento, crescimento, senectude e enfermidade. Em outras palavras, as mudanças na natureza se refletem nas modificações internas do corpo. O homem é capaz por sua vez, de adaptar-se a essas mudanças, e a prática das artes chinesas vem de encontro na ajuda dessa adaptação como agente transformador na questão psico-física e energética.

Elieté Ramos: Educadora e Terapeuta www.elieteramosterapiasorientais.blogspot.com

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